VEJA em SOLTANDO O VERBO

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JORNALISTAS GLOBAIS NÃO ESCONDEM MAIS SUAS PREFERÊNCIAS

Pinheiro


Técnica razoável mas muita raça e boas cabeçadas fizeram de João Carlos Batista Pinheiro um dos grandes ídolos do Flu, no qual chegou em 1948 com 17 anos e fama de versátil adquirida no Americano - jogava bem como goleiro, centroavante, meia-armador e zagueiro.

Nasceu em 13/01/1932 na cidade de Campos, Rio de Janeiro.

Mas no tricolor ele se firmou como zagueiro-central, substituindo o argentino Lorenzo, e no mesmo ano foi campeão juvenil carioca, brasileiro e sul-americano. Chegou então o dia em que o técnico Oto Vieira o chamou: "Menino, vais entrar no time principal e marcar Heleno de Freitas". As pernas grossas e fortes de Pinheiro tremeram diante do nome mitológico, mas em campo deu conta da missão - e Heleno saiu de campo inconformado com a audácia daquele jovem beque.

Em 1951, quando Zezé Moreira levou o Fluminense a conquista do título impondo a marcação por zona, Pinheiro foi o grande líbero da defesa, além de respeitável cobrador de pênaltis: "Eu escolhia um canto e mandava a bomba, quase sempre de bico para não dar tempo do goleiro se mexer".

Pinheiro não esquece a decisão contra o Bangu de Zizinho, Nívio, Moacir Bueno, Décio Esteves e Mirim. Este ameaçara distribuir pontapés em quem lhe atravessasse a frente. No primeiro jogo da melhor-de-três, Mirim quis agredir Telê, levou o troco e, depois que os dois foram expulsos, Pinheiro arrepiou em sua defesa, fazendo de Moacir Bueno sua vítima. Mas sempre contestou a fama de violento: "Quem batia eram Píndaro e Bigode. Além disso, respeitava os adversários no Maracanã pois na casa dos outros vinha o troco".

Valente, Pinheiro se arrebentou no Fla-Flu de 1953, quando o rubro-negro arrancava para o tri de 1953, 1954, 1955: escanteio para o Fluminense e lá foi ele tentar o gol de empate. Deu azar: na disputa com o zagueiro Pavão, caiu e teve fratura da clavícula direita. Mas ele ganhou títulos memoráveis, como o Pan-Americano e a Taça Rio de 1952, o Torneio Rio-São Paulo (invicto) de 1957 e o de1960, além do carioca de 1959.

Encerrada a carreira como atleta, Pinheiro começou a de técnico. E em 1973, na decisão da Taça Guanabara contra o Flamengo, novamente deu provas de sua forte personalidade. Um diretor mandou uma escalação num bilhete. Pinheiro colocou outro time em campo e, após a vitória por 3x0, avisou a equipe: "Ganhamos o título mas perdi meu emprego". Estava certo: na semana seguinte cedia o cargo para Duque.

Participou de 605 jogos pelo clube, sendo o segundo jogador que mais vestiu a camisa tricolor. Marcou 51 gols.

Obs. As informações sobre o jogador e fotos foram retiradas do acervo do FFC.


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