VEJA em SOLTANDO O VERBO

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JORNALISTAS GLOBAIS NÃO ESCONDEM MAIS SUAS PREFERÊNCIAS

Pedro Amorim


Pedro Amorim Duarte, filho de um rico comerciante e fazendeiro de Senhor do Bonfim ( BA ), só queria saber de futebol.

Nasceu em 13/10/1919 e faleceu em 25/09/1989 em sua terra natal.

Dono da bola nas peladas da Praça Nova do Congresso, era o artilheiro mais aplaudido pelos adultos e dividia seus sonhos entre ser profissional de futebol e médico, por isso não mentia quando jurava a seu pai que se formaria em Medicina.

Transferido para Salvador, logo ganhou vaga de titular na seleção de novos e aceitou convite para jogar no time amador do São Bento. E acabou indo treinar no Bahia, em que Gaia, lateral-esquerdo de gênio violento, retribuiu com um desleal pontapé no peito os dribles irreverentes levados entre as pernas.
Pedro caiu desmaiado e seu irmão o proibiu de jogar futebol. Mas a paixão pela bola foi mais forte e um ano depois de estrear no Bahia ele era emprestado ao Botafogo, de Salvador, no qual jogou na ponta-direita, gostou da nova posição e despertou o interesse do Fluminense.

O tricolor acabara de conquistar o tricampeonato de 1936, 1937 e 1938, e Pedro Amorim sentiu dificuldade para se adaptar a craques como Tim, Batatais, Romeu, Russo e Brant. Dava shows nos treinos, mas era um fracasso nos jogos.

Num Fla-Flu, Romeu, com pena dele, passou-lhe a bola de calcanhar em vez de concluir - e Pedro Amorim chutou para fora. Foi xingado e vaiado.

Até que certo dia, viajando para Niterói um velhinho desconhecido aproximou-se dele e disse:
"Vi você jogar em Salvador. Esqueça o estádio cheio. Jogue seu futebol". Na partida contra o Canto do Rio, em Caio Martins, Pedro Amorim seguiu o conselho do estranho, estraçalhou e se firmou como titular, até que uma entrada violenta de Rubens, do Madureira, o tirou do time em 1940. Mas em fins de 1941 ele retomou a camisa 7, então em poder de Adílson, e no ano seguinte chegou à Seleção Brasileira.

Em 1946, Pedro Amorim não poderia ter exigido mais: foi Supercampeão pelo Flu, Campeão Brasileiro de seleções e ainda se formou em Medicina. Neste ano ele se vingou do zagueiro Norival, que gostava de Adílson e fizera severas críticas a Pedro Amorim, e por isso acabou sendo vendido ao Flamengo. No Fla-Flu de 1946, na Gávea, com o coração cheio de ódio, Pedro Amorim descontou: enfiou quantas bolas quis entre as pernas de Norival.

Pedro Amorim formou em ataques famosos. Pela Seleção Carioca, ao lado de Zizinho, Heleno, Ademir e Vevé. Na Brasileira, com Romeu, Tim, Leônidas e Patesko. Até que em 1948, cumprindo a promessa feita ao pai Laurindo da Silva Duarte, voltou para Salvador para se dedicar somente à Medicina.

Pelo Flu atuou em 210 jogos tendo marcado 78 gols.

Obs. As informações sobre o jogador e fotos foram retiradas do acervo do FFC.


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